As Musas escondidas nos Blocos do Rio de janeiro
- pedrowisk12
- Feb 9, 2015
- 4 min read
Pesquisei sobre a palavra "musa" no dicionário que diz que as musas eram entidades mitológicas a quem era atribuída, na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Conheço várias que inspiram pela beleza de viver.
Tantos concursos de musas por aí, porque não falar um pouco das que conheço. São tantas, de todas as crenças, idades, raças, mas o que elas têm em comum? A energia, muita alegria e disposição. Algumas já começaram nos blocos quase largando as fraldas (kkkk) e outras ainda são calouras, mas, como eu, não vão largar essa vida nunca mais (kkkk).
Vou mostrar algumas delas aqui e saber como começou essa paixão pelo batuque.
Maithe Vazquez

Maithe Vazquez, conheci em 2013 e amo essa figura, linda, com sorriso fácil e sempre pulando sem parar, arrebenta no surdo de terceira.
BEL: Conta um pouquinho como começou Maithe
MAITHE: Comecei a tocar, porque sempre adorei música e desde pequena, quando via pela TV os desfiles das escolas de samba, pensava em um dia sair dentro da bateria! A maioria das meninas pensavam em desfilar nos carros de destaque e eu sempre quis sair no meio da batucada, para sentir o coração batendo forte!
Nunca tinha tido aula de percussão. Já sabia tocar instrumento de cordas, quando, um dia, a Aline Cabral me convidou a entrar na oficina de percussão do Bloco Spanta Nenem.
Entrei, e no mesmo dia, senti uma alegria tão grande em fazer meu primeiro batuque, que nunca mais consegui pensar em sair!!!! Hoje, minha vida tem um colorido a mais por conta dos amigos que fiz pelos batuques da vida e amo quando meu coração pulsa no ritmo da marcação! Conheci pessoas de todas as idades e níveis sociais que provavelmente nunca conheceria sem o batuque e que me acolheram de coração aberto.
Carla Feijó

Carla Feijó, mas conhecida como Carlinha, amiga querida que ama o samba, energia não lhe falta, difícil de acompanhar. rsrs
BEL: Amiga, como quando você se encantou pelos blocos e onde você toca?
CARLINHA: Bel... Comecei tocar em 2008, no Quizomba... Como sou engenheira e militar, minha vida sempre foi muito "exata"... Queria preencher de colorido, fantasia, música.... Por isso, resolvi me envolver mais com carnaval e achei que a melhor maneira era aprendendo um instrumento e tocando... Toco tamborim e surdo de terceira. Já toquei no Quizomba, Bangalafumenga, Monobloco, Batuque das Meninas, Desliga da Justiça, Bloco Brega Fogo e Paixão, Estratégia, Me Esquece, Bangunçando o Coreto, Xupa que eu Gamo, Larga a Onça. Em 2012 desfilei tocando tamborim pela Mocidade e esse ano estou ensaiando na Mais Quente tocando surdo de terceira.
Aline Cabral

Amada, amiga Aline Cabral, pessoa do bem total. Não tem quem não goste dessa baiana arretada, encanta com sua alegria.
Aline: Comecei a tocar como uma forma de fazer uma coisa diferente pra me distrair! Aprender algo novo que me desse prazer, porque sou dentista e minha profissão é muito solitária. Muito tempo sozinha dentro de um Consultório. Precisava conhecer gente diferente. Foi daí que o Cadu (amigo), também dentista, me levou pra conhecer a oficina do Faísca. Nunca mais larguei o batuquem né! E conheci muita gente especial. Dai você tira que nem conheci tanta gente mais depois, né?... Inclusive você que amo.
Toca no: Bloco Spanta Nenem, Me Esquece, Suvaco, Só Caminha e outros mais que chamarem. (kkkk)
Camila Ginefra

CAMILA GINEFRA: Arquiteta, 36 anos. Amiga querida conheci no bloco Quizomba onde fazemos percurssão, animacao esta ali, descobriu o batuque e se apaixonou como eu.
Camila: Comecei no quizomba em meados de 2013. Queria sentir a emoção de fazer parte de uma bateria e contribuir pra alegria dos foliões! Escolhi inicialmente o agogô e sentindo mais confiança passei para o repique no qual estou há um ano. Esse ano desfilo no Desliga, Me Esquece, Quizomba, Carioca da Gema e Manguebloco.
Marina Maia

Marina Maia, outra musa do carnaval de rua, professora de inglês, 28 anos.
MARINA: Eu sempre amei Carnaval e ia todo ano ao Sambódromo, até que me mudei pra Copa, descobri os blocos e nunca mais larguei a rua. (risos)
Eu sempre gostei muito de ficar do lado da bateria, colada na corda mesmo, em qualquer bloco que vou. Até que um dia, no Mono, senti demais o perrengue que era ficar do lado de fora da corda de blocos grandes e decidi que no Carnaval seguinte eu estaria lá dentro. E assim foi: fui pra oficina do Bloco Quizomba, querendo me sentir no Olodum e tocar surdos (hahaha), mas eu já conhecia um pouco de agogô. Então, fui pra esse por ser mais leve. E agora eu estou experimentando outros instrumentos na oficina também.
Como você bem sabe, um bloco leva a outro e agora eu fico tentando conciliar minha lista de Carnaval como foliã com os blocos que posso tocar (hahaha) Só vou tocar no Carioca da Gema, por exemplo, porque eu já ia pular nele este ano. (haha)
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